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60%

 de redução no consumo de água  

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O desafio

As Nações Unidas estimam que quase 70% da humanidade viverá em uma cidade até o ano de 2050. No entanto, essa estatística de primeira linha ignora as inúmeras maneiras pelas quais a rápida urbanização afeta nosso meio ambiente natural, bem como o impacto que causa nas sociedades e nos indivíduos. De acordo com uma pesquisa do Fórum Econômico Mundial, nossas cidades representam apenas cerca de 2% da superfície terrestre do mundo, mas as pessoas que vivem nelas consomem mais de 75% dos recursos materiais do planeta. E há evidências de que talvez apenas 25 das maiores cidades do mundo gerem mais da metade das emissões anuais de gases de efeito estufa do planeta.

Os edifícios que construímos e operamos nas cidades são uma grande parte desse problema. O uso generalizado de concreto e outros materiais de construção com consumo intensivo de carbono incorpora emissões em nossos edifícios, e consumimos muita energia para aquecer e resfriar esses espaços quando os ocupamos. Mas, apesar de nossa necessidade urgente de descarbonizar para mitigar a crise climática, a urbanização significa que precisamos de mais edifícios nas cidades, não menos. Daqui para frente, é essencial que adotemos meios de construção sustentáveis e de baixa emissão de carbono, para que possamos oferecer às pessoas as casas e outros espaços de que elas precisam nas cidades, sem destruir o meio ambiente no processo.

Na cidade holandesa Delft, estamos apoiando nosso cliente, The Urban Woods, com uma maneira inovadora de construir um complexo de apartamentos com madeira em vez de concreto. O The Urban Woods é um conceito novo e inovador que pode ser construído rapidamente, é altamente sustentável e projetado para promover a coesão social.

A solução

No projeto e na construção de edifícios tradicionais, a estrutura de suporte ou o núcleo de um edifício de apartamentos é feito de concreto, contribuindo para a estabilidade geral da estrutura. No entanto, é necessária uma enorme quantidade de energia para produzir o concreto, trazendo como consequência grandes emissões de carbono. Trabalhando com nosso cliente, contribuímos para o projeto de um complexo de apartamentos que terá um núcleo feito de madeira, em vez de concreto. Fizemos isso aplicando uma estrutura de viga-coluna com pisos de madeira laminada cruzada, enquanto movemos os elementos de estabilidade para a fachada, de modo que até mesmo o núcleo do elevador será feito de madeira.

Nossos especialistas realizaram estudos de viabilidade e variantes e trabalharam para otimizar o projeto estrutural do edifício. Também desenvolvemos o projeto estrutural para a solicitação de licença e especificações de construção. Além disso, atuamos como engenheiro estrutural geral e supervisionamos a estruturação, a segurança estrutural integrada e a integração das disciplinas.

Aplicamos um detalhamento inteligente para superar vários desafios técnicos, como proporcionar uma segurança contra incêndio robusta e isolamento acústico entre as unidades de apartamentos. As varandas do edifício também são suspensas em dois andares, em vez de um, a fim de proporcionar capacidade de carga suficiente para as árvores que cobrirão a fachada do edifício.

O impacto

Trabalhar com uma estrutura de suporte totalmente em madeira dará ao The Urban Woods uma pegada ecológica muito baixa. Além disso, contará com emissões negativas de CO₂ no início de sua vida útil, pois as árvores usadas já terão armazenado CO₂ durante seu crescimento. O edifício também será equipado com painéis solares para produção de energia, sensores inteligentes e isolantes de última geração para distribuir energia eficientemente e evitar o desperdício. O sistema de gestão da água do The Urban Woods reduzirá o uso de água em 60%. O edifício também promoverá a biodiversidade.

Após construído, o The Urban Woods será um novo e inovador espaço de convivência na cidade de Delft e o edifício residencial mais alto da Holanda sem um núcleo de concreto. Os moradores terão apartamentos espaçosos e modernos com comodidades de última geração. Além do espaço privado em seus apartamentos, eles também terão acesso a espaços compartilhados para se exercitar, trabalhar ou relaxar, incluindo um jardim na cobertura com banheira de hidromassagem. O interior do edifício foi projetado para reunir os residentes nos espaços compartilhados. Esse é um esforço intencional dos projetistas para ajudar a lidar com a sensação de solidão e isolamento que muitas pessoas sentem ao viver nas cidades. Haverá também o chamado Guarda florestal, sempre presente no local, para auxiliar os residentes em suas necessidades e garantir operações ideais.

O The Urban Woods também terá um novo conceito de aluguel. Em vez de contratos de aluguel de prazo fixo, os residentes terão uma "assinatura", por meio da qual poderão continuar morando em seu apartamento no The Urban Woods pelo tempo que desejarem, mas a qualquer momento poderão decidir se mudar. As pessoas que moram no The Urban Woods também terão acesso a um aplicativo para smartphone, que lhes permitirá fazer upgrades na assinatura, como alugar um quarto de hóspedes no edifício quando receberem visitas, um espaço de trabalho dedicado, objetos de arte adicionais para o apartamento, espaço de armazenamento extra ou uma bicicleta elétrica. E, a qualquer momento, os residentes também podem fazer o downgrade de suas assinaturas. Além disso, o aplicativo também fornecerá aos residentes dados em tempo real sobre seu uso individual de água e energia e incentivará a conservação por meio de um jogo.


Capacidades usadas

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